Pioneirismo da mulher

 

Introdução

É impossível escrever a história do Rio Grande do Norte sem dedicar pelo menos um capítulo às mulheres potiguares. A participação e o pioneirismo de algumas delas na luta feminista no Brasil são indiscutíveis. Um trecho da história vivido pelas mulheres, rompendo com costumes e padrões sociais que perpetuam preconceitos, injustiças e opressões.

Aqui, além de votarem pela primeira vez, elas elegeram a primeira deputada estadual do país, a primeira prefeita. O pioneirismo da mulher potiguar, não se limita à política. Ele se estende a literatura e o jornalismo.

Essas mulheres ofereceram uma contribuição à toda a sociedade não só valiosa como, em certos casos, quase heróica, no plano político, estético, educacional, moral e intelectual, transcendendo os limites do pequeno mundo da organização familiar e do papel que é convencionalmente destinado à mulher.

A certeza de que o nosso Estado tem uma galeria de extraordinárias figuras femininas. E essa peculiaridade é condizente com a índole do povo Potiguar.

Século XVII

Clara Camarão, Índia e Guerreira

Pertencente à tribo potiguar que habitava a margem esquerda do rio Potengi, Clara Camarão nasceu provavelmente em Aldeia Velha, arredores de Natal, na segunda metade do século XVII. Não há registro do local e data de sua morte.

A bela índia que se sobressai nos primeiros capítulos da nossa História recebeu o nome de Clara Camarão ao se batizar e casar com Antônio Felipe Camarão, o índio Poti, da nação potiguar, herói da guerra contra os holandeses. Depois de casada, Clara passou a acompanhar o marido em todos os combates. Guerreira, rompeu a secular divisão de trabalho da tribo ao se afastar dos afazeres domésticos, no tempo necessário, para participar de batalhas.

Dominava o arco e a flecha, a lança e o tacape. Montada a cavalo, investia contra as espadas e os arcabuzes do inimigo. Como não podia lutar lado a lado com o marido, proibição imposta pelos costumes tribais, formava um pelotão de índias potiguares sob seu comando. Segundo Abreu e Lima, Clara Camarão, de uma valentia incrível, afrontou todos os perigos, castigou por muitas vezes o inimigo e penetrou nos mais cerrados batalhões. Ao passo que combatia, exortava os soldados a cumprir os seus deveres, prometendo-lhes vitória, dando assim o exemplo a muitas outras mulheres que procuravam imiitá-Ia

Clara e Felipe Camarão tiveram participação heróica em vários confrontos contra o domínio holandês. Uma das batalhas mais memoráveis foi a de Porto Calvo, em 1637. As tropas do príncipe Maurício de Nassau já haviam incendiado Olinda, quando Clara Camarão, à frente de índias potiguares, combateu os holandeses com uma bravura que não conhecia limites.

A primeira batalha dos Guararapes, em 1648, decisiva para a vitória das tropas luso-brasileiras contra os holandeses, foi a última em que Clara Camarão participou ao lado do marido. Nesse episódio, o general flamengo Arciszewski registrou que, em 40 anos de combate em campos da Europa, somente um inimigo, o índio Felipe Camarão, conseguira abater o seu orgulho. O bravo Poti, capitão-mor dos índios do Brasil, morreria de malária, em Pernambuco, meses depois dessa batalha.

Clara Camarão recolheu-se à viuvez e ao anonimato. É provável que tenha voltado a Aldeia Velha, hoje Igapó, onde viveu mais alguns anos.

Fonte: A Mulher Potiguar – Cinco Séculos de Presença. Natal-RN, Centro de Estudos e Pesquisas Juvenal Lamartine-CEPEJUL, Fundação José Augusto, 1999

 

Século XVIII

Clara de Castro, a destemida

Clara de Castro: destemida Revolucionária no âmbito político, Clara Joaquina de Almeida Castro, nascida em Natal, provavelmente em 1769 e falecida no Ceará (sem data de registro da sua morte), alcançou conquistas ousadas para sua época.

Clara de Castro acompanhou seu irmão, o padre Miguel Joaquim de Almeida Castro, conhecido como padre Miguelinho, na Revolução Pernambucana de 1817.

Através de ideais republicanos, esses irmãos participaram de um governo revolucionário, que durou pouquíssimo tempo (29 de março a 25 de abril), mas que salvou a vida e defendeu inúmeros companheiros rebeldes da perseguição monarquista.

Fonte: A Mulher Potiguar – Cinco Séculos de Presença. Natal-RN, Centro de Estudos e Pesquisas Juvenal Lamartine-CEPEJUL, Fundação José Augusto, 1999

Século XIX

Nísia Floresta, intelectual e pioneira

Nísia Floresta: intelectual, educadora, escritora, poetisa, precursora do feminismo, Dionísia Pinto Lisboa, que adotou o pseudônimo de Nísia Floresta Brasileira Augusta, nasceu em Papari (hoje Nísia Floresta - RN), em 1810 e faleceu em Rouen, na França, em 1885.

Considerada por Câmara Cascudo a mulher mais notável de letras brasileira do seu século, foi escritora de 12 livros, sendo 3 deles em francês e 1 em italiano. Ao escolher temas como: condição de mulher na sociedade, direito de índios e escravos, educação, ideais republicanos, é tida como uma referência até hoje. Aos 22 anos, publicou “Direitos da mulher e injustiça dos homens”, onde trata, com coragem e pioneirismo, da condição da mulher na sociedade.

Em uma história de ousadia, desbravou os mares, indo morar em diversos países da Europa como Itália, Alemanha, Grécia e França, deixando um legado riquíssimo para o mundo.

Fonte: A Mulher Potiguar – Cinco Séculos de Presença. Natal-RN, Centro de Estudos e Pesquisas Juvenal Lamartine-CEPEJUL, Fundação José Augusto, 1999

Isabel Gondim, a educadora

Isabel Gondim: educadora Conhecida por ser historiadora, poetisa e educadora, Isabel Urbana de Albuquerque Gondim nasceu em Papari, hoje Nísia Floresta, em 1839 e faleceu em Natal, em 1933. Foi uma mulher que promoveu uma revolução no magistrado em Natal, fundando uma escola na Ribeira e ensinando na mesma dos 27 anos até a sua morte aos 94 anos de idade.

Escreveu diversos livros com o foco em ensinar mulheres sobre diversos temas como: etiqueta, educação, maternidade, aprendizado de outras línguas estrangeiras, moral, entre outros temas que a tornaram conhecida por todo o país.

Levantou a bandeira do ensino público para mulheres, da valorização e dignidade do magistério ao longo da sua vida.

Fonte: A Mulher Potiguar – Cinco Séculos de Presença. Natal-RN, Centro de Estudos e Pesquisas Juvenal Lamartine-CEPEJUL, Fundação José Augusto, 1999

Ritinha Coelho, um gesto para a história

Ritinha Coelho: solidária, Rita Antônio Coelho foi uma mulher “senhora de casas e escravos”, casada com um militar, nascida em Natal, em data não registrada. Faleceu em 1857, também na capital potiguar.

Conhecida por ser uma mulher corajosa e solidária, que se expôs ao perigo para mostrar seu respeito à humanidade, Ritinha Coelho parou a escolta de soldados militares para cobrir com uma esteira de junco (mais conhecido como piripiri) o corpo de um ex-líder revolucionário, André de Albuquerque Maranhão, que foi cruelmente ferido e deixado para morrer na Fortaleza dos Reis Magos.

Através desse incrível ato, Ritinha Coelho deixou sua marca na história como um grande gesto de solidariedade.

Fonte: A Mulher Potiguar – Cinco Séculos de Presença. Natal-RN, Centro de Estudos e Pesquisas Juvenal Lamartine-CEPEJUL, Fundação José Augusto, 1999

Ana Floriano, rebelde e valente

Brasil, 30 de agosto de 1875

Um grupo de cerca de trezentas mulheres armadas com paus e pedras invade a casa do Juiz de Paz de Mossoró, Rio Grande do Norte, e rasgam os documentos do alistamento forçado para o Exército e a Marinha. Em seguida, alas ocupam a redação do jornal da cidade e rasgam as listas de possíveis recrutados que seriam publicadas. Partem então para a igreja, onde destróem os editais de convocação do recrutamento

Extremamente violento, arbitrário e direcionado aos setores pobres da população, o alistamento forçado para o Exército e a Marinha foi um dos grandes focos de resistência popular no Brasil imperial. Neste caso, o evento conhecido como "Motim das Mulheres de Mossoró" foi um movimento exclusivamente feminino, Liderado por Ana Rodrigues Braga, que ocorreu no contexto de uma revolta popular generalizada, o Quebra-Quilos, que se alastrou por boa parte do nordeste, entre 1874 e 1875.

Fonte: A Mulher Potiguar – Cinco Séculos de Presença. Natal-RN, Centro de Estudos e Pesquisas Juvenal Lamartine-CEPEJUL, Fundação José Augusto, 1999

Auta de Souza, A Cotovia Mística das Rimas

Auta Henriquieta de Souza - Mulher de vida breve, trágica, mas ungida pela poesia, uma das maiores expressões poéticas do país no século XIX, Auta de Souza nasceu em Macaíba, RN, em 1876, e faleceu em Natal, em 1901.

De família classe média, mulata, Auta teve a vida marcada pela tuberculose, que vitimou sua mãe quando ela era uma criança de três anos. A mesma doença mataria seu pai, seu avô e a avó Dindinha, que foi sua mão de criação. Auta de Souza conviveu durante dez anos com a tuberculose, mal sem cura na época, que a mataria aos 24 anos de idade.

Dois de seus irmãos, Eloy Castriciano de Souza e Henrique Castriciano de Souza, destacaram-se no cenário nacional. O primeiro foi deputado, senador e vice-governador do Estado do Rio Grande do Norte. Henrique Castriciano, poeta e educador, foi o fundador da Escola Doméstica, uma ideia pioneira transplantada da Suíça para Natal.

Auta foi educada em Recife. Estudou com as freiras da Ordem de São Vicente de Paula, onde aprendeu música, francês e entrou em contato com a obra dos grandes nomes da literatura francesa, dentre os quais Bossuet, Fénelon, Chateaubriand e Lamartine.

Viveu, sonhou, declamou em saraus, escreveu versos românticos de amor não correspondido, sofreu por paixão e pela doença que a minava. Seu primeiro e único livro, Horto, só seria publicado um ano antes de sua morte. Em vida, publicou poemas na revista “Oásis”, nos jornais natalenses “A República” e “A Tribuna”, que reuniam os mais prestigiados poetas e escritores da época. Em 1898, participou da moção de solidariedade ao romancista francês Émile Zola, condenado à prisão por sua veemente defesa do capitão Dreyfus, julgado injustamente por traição. Quando Horto foi publicado, em 1900, Auta de Souza já era um nome nacional. Tanto que o prefácio foi escrito por Olavo Bilac, o mais famoso poeta do seu tempo.

O livro reuniu 114 poemas que confirmavam o talento misticismo, paixão romântica, lirismo. Auta dominava a forma dos sonetos tão cara aos parnasianos, de que é exemplo este terceto final de “Noites amadas”:

"Ó noites claras de lua plena,
Que encheis a terra de paz serena,
Como eu vos amos, noites de lua!"
Considerada simbolista por Otto Maria Carpeaux, parnasiana para outros, envolta quase sempre num manto de misticismo cristão, a poesia de Auta de Souza está acima desses rótulos.

Fonte: A Mulher Potiguar – Cinco Séculos de Presença. Natal-RN, Centro de Estudos e Pesquisas Juvenal Lamartine-CEPEJUL, Fundação José Augusto, 1999

Século XX

Alzira Soriano, a primeira prefeita do Brasil

Alzira Soriano: primeira prefeita do Brasil. Nascida em Jardim dos Angicos, em 1896 e falecendo em Natal, em 1963, Luiza Alzira Teixeira Soriano realizou feitos históricos no país.

Eleita a primeira prefeita do Rio Grande do Norte, do Brasil e da América do Sul, revolucionou através da sua gestão inovadora e administração exemplares, demonstrando a força da mulher na política.

Com beleza, inteligência e temperamento forte, abriu espaço para inúmeras mulheres, trazendo um marco na política brasileira.

Fonte: A Mulher Potiguar – Cinco Séculos de Presença. Natal-RN, Centro de Estudos e Pesquisas Juvenal Lamartine-CEPEJUL, Fundação José Augusto, 1999

Celina Guimarães, a primeira eleitora

Celina Guimarães: primeira eleitora Celina Guimarães Viana nasceu em 1898, na cidade do Natal e faleceu em Belo Horizonte, em 1972. Fez história como a primeira eleitora do país, sendo assim a primeira mulher a receber o direito de votar e ser votada.

Para além de marcar seu Estado com essa grande conquista, telegrafou ao Senado Federal, solicitando em nome da mulher brasileira que fosse aprovado o projeto que institui o voto feminino.

Mesmo sendo uma figura política emancipadora, dedicou sua vida à educação ao lado do seu marido, lecionando.

Fonte: A Mulher Potiguar – Cinco Séculos de Presença. Natal-RN, Centro de Estudos e Pesquisas Juvenal Lamartine-CEPEJUL, Fundação José Augusto, 1999

Júlia Barbosa, a pioneira eleitoral? Primeira vereadora do Natal

Júlia Alves Barbosa Cavalcanti nasceu em Natal em 1898 e faleceu em 1943 na mesma cidade, trazendo marcas revolucionárias nos seus 45 anos de vida.

Primeira professora de matemática na Escola Normal do Estado, primeira a alistar seu nome para votação eleitoral do seu estado e segunda eleitora do país, lutou pelos direitos políticos da mulher, sendo eleita para Câmara Municipal de Natal.

Como uma das fundadoras da Associação de Eleitoras Norte-rio-grandeses, sendo uma das mulheres importantes para o início do Movimento sufragista feminino no Rio Grande do Norte.

Fonte: A Mulher Potiguar – Cinco Séculos de Presença. Natal-RN, Centro de Estudos e Pesquisas Juvenal Lamartine-CEPEJUL, Fundação José Augusto, 1999

Maria do Céu Fernandes, a primeira deputada

Maria do Céu Fernandes: primeira deputada Maria do Céu Fernandes, nascida em 1910 no município do Natal, falecida no Rio de Janeiro em 2001, teve uma vida de pioneirismo político.

Como primeira deputada eleita no Rio Grande do Norte, uma das primeiras nove deputadas eleitas do Brasil, Maria do Céu lutou pela emancipação feminina na política.

Defensora da sua causa, enfrentou diversas oposições, resistindo para instaurar suas propostas do Partido Popular.

Fonte: A Mulher Potiguar – Cinco Séculos de Presença. Natal-RN, Centro de Estudos e Pesquisas Juvenal Lamartine-CEPEJUL, Fundação José Augusto, 1999

Palmyra Wanderley, a poetisa

Palmira Wanderley: poetisa, nasceu em uma família de poetas no ano de 1894 e faleceu em 1978 na cidade do Natal.

Apesar da dura educação religiosa que pedia o contato com obras literárias diversas, Palmira, com sua ousadia, foi além dos limites impostos, publicando diversos poemas em jornais e em suas obras literárias.

Seu livro Roseira Brava (1929) ganhou renome nacional, recebendo menção honrosa na Academia Brasileira de Letras e elogios de grandes escritores do Brasil. Através da sua harmonia, surpreendeu na sua época através dos seus versos.

Fonte: A Mulher Potiguar – Cinco Séculos de Presença. Natal-RN, Centro de Estudos e Pesquisas Juvenal Lamartine-CEPEJUL, Fundação José Augusto, 1999

Miriam Coeli, Jornalista precursora em redação

Myriam Coeli: poetisa Nascida no Amapá, em 1926, considerada quase potiguar por ter se mudado com 2 anos de idade para São José de Mipibu, faleceu em Natal, em 1982.

Com uma educação privilegiada, formada em Letras pela faculdade de Filosofia de Recife, fez curso de jornalismo na Escuela Oficial de Periodismo de Madrid e estudou na Faculdade de Filosofia y Letras de Madrid.

Através de todo esse conhecimento lecionou em colégios e faculdades de Natal. Além disso, foi colunista nos jornais “Tribuna do Norte”, “Diário de Natal” e “A República”. Como seu marco publicou cinco livros de poesia, deixando seu legado.

Fonte: A Mulher Potiguar – Cinco Séculos de Presença. Natal-RN, Centro de Estudos e Pesquisas Juvenal Lamartine-CEPEJUL, Fundação José Augusto, 1999

Zila Mamede, a poesia e o mar absoluto

Zila Mamede: a poesia e o mar

Zila da Costa Mamede nasceu em Nova Palmeira, Paraíba, em 1928, vindo morar em Natal com 7 anos e falecendo em 1985. Com uma formação rica, incluindo pós-graduação em Brasília e na Universidade de Syracuse, Estados Unidos, Zila Mamede foi um dos principais nomes da poesia brasileira.

Com uma poesia forte e doce ao mesmo tempo, tornando-se admirada por diversos críticos renomados do país. Uma marca especial era quando a poetisa retratava sua paixão e obsessão pelo mar, colocando esse sentimento em versos marcantes.

Fonte: A Mulher Potiguar – Cinco Séculos de Presença. Natal-RN, Centro de Estudos e Pesquisas Juvenal Lamartine-CEPEJUL, Fundação José Augusto, 1999

Precursoras do Voto de Saias

Art. 77- No Rio Grande do Norte poderão votar e ser eleitos, sem distinção de sexos, todos os cidadãos que reunirem condições exigidas por esta lei.

Lei estadual nº 660, de 25 de outubro de 1927 - Disposições Gerais do Capítulo XII

Na política elas foram pioneiríssimas: as primeiras a votar e a receber o voto popular. A 5 de abril de 1928, realiza-se o primeiro encontro de mulheres potiguares com a urna. Foram elas:

  • Natal: Antônia Fontoura, Carolina Wanderley, Lourdes Lamartine e Júlia Alves Barbosa (primeira a requer o título no Brasil, mas não foi de imediato deferido – era solteira e professora de matemática). Foi a primeira vereadora do Natal e Brasil.
  • Mossoró: Celina Guimarães (foi a primeira a ter direito ao voto no Brasil), Beatriz Leite, Eliza Rocha Gurgel.
  • Apodi: Maria Salomé Diógenes, Hilda Lopes de Oliveira.
  • Pau dos Ferros: Carolina Fernandes de Negreiros, Clotilde Ramalho, Francisca Dantas e Joanna Cacilda Bessa (concomitante com Júlia Alves Barbosa, primeira eleita vereadora em Pau dos Ferros e Brasil).
  • Caicó: Júlia Medeiros.
  • Acari: Martha Medeiros.

"Mulheres Rio Grandenses do Norte! Alistae-vos eleitoras! A Constituição Federal vos confere o direito de cidadania. É dever de todo cidadão brasileiro contribuir com o seu voto consciente para o progresso do seu Município, do nosso Estado e do nosso País"

A República, 25 de julho de 1928
Nísia Floresta
Enquanto pelo velho e novo mundo vai ressoando o brado emancipação da mulher -, e nossa débil voz se levanta na capital do Império de Santa Cruz, clamando: educai as mulheres!
Nísia Floresta
Juvenal Lamartine
O meu Estado tem a honra de ter servido de berço a Nízia Floresta, que foi a primeira mulher na América do Sul que defendeu, em conferência pública e pelo livro, “Os direitos políticos femininos”. Penso, portanto, que não poderei melhor homenagear à memória desta ilustre patrícia do que concretizando em fatos os meus sonhos dourados que não puderam ser compreendidos pelos seus contemporâneos
Juvenal Lamartine

Nos 183 anos da ALRN, tivemos 759 deputados, mas apenas 14 mulheres

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