Fernandes Barros nasceu na vila de São Gonçalo, hoje São Gonçalo do Amarante, no dia 25 de abril de 1844. Eleito deputado ao Congresso Estadual Constituinte em 1891 na chapa de oposição a Pedro Velho de Albuquerque Maranhão e José Bernardo de Medeiros, líderes do Partido Republicano no Rio Grande do Norte. Eleito presidente da Constituinte, dois dias depois comandou a eleição do deputado federal Miguel Joaquim de Almeida Castro (sobrinho-neto do Padre Miguelinho) para governador do Estado. Miguel Castro tomou posse em 9 de setembro. Com a renúncia de Deodoro da Fonseca à Presidência da República (23/11/1891), Pedro Velho e José Bernardo de Medeiros promoveram, na semana seguinte, a derrubada do governador eleito, deportando-o para Fortaleza. Uma junta governativa assumiu e declarou extintos o Congresso Estadual Constituinte e os mandatos dos seus deputados. Fernandes Barros retornou ao exercício da magistratura em Ceará-Mirim e nunca mais se envolveu com assuntos políticos. Faleceu em Ceará-Mirim no dia 17 de outubro de 1907. A República em solo potiguar começou turbulenta e com profunda instabilidade política. Entre 1889 e 1892, por exemplo, o Rio Grande do Norte teve sete governadores e uma junta governativa.